29 de set. de 2005

Um passeio em Paranapiacaba

(Foto Renato Silvestre: uma prova de que a Terra é redonda)
Um passei em Paranapiacaba. Isso foi em novembro de 2004. Sair da Estação da Luz naquele trem [não enferrujado] bem cedinho, foi mágico. No meio da neblina que como vem, se vai, e de surpresa vem de novo e vai mais uma vez, dando uma sensação flutuante! Subindo e descendo ladeiras, pelo meio de trens enferrujados e casas de madeira, algumas destruídas, mas todas com cara de Inglaterra, fizemos nossas andanças naquele domingo frio.

O Objetivo era fotografar. Registrar imagens para um dia recordar. Fotos magníficas que a turma fez. Para divertir e explorar novas formas, também serviu. Teve tragédia: o "pato no tucupi" - prato paraense - no almoço foi um furo n´água. Azedo. Dizem que é assim mesmo, mas acho que a mandioca estava passada. A erva tucupi que os indígenas dizem ser afrodisíaca na verdade provocou fome no fim do dia. Nem sei porque resolvi experimentar esse prato numa cidade inglesa! Entupi-me de bolos de chocolate, lá na casa principal da cidade que vende artesanatos e outros objetos intrigantes do povo do lugar.

De repente, a chuva intercalada com nesgas de céu azul formam poças d´água e lá vamos a pisar e pular. Há "beijos-de-moça" que nascem no meio do ferrugem, sem nenhuma cautela, em púrpura forte, solitárias ou em grupos e desafiam os descrentes da força da natureza. Uma delicadeza no meio da brutalidade. Mil beijos soprados ao léo. Uma suavidade no meio da rigidez. 

Os fotógrafos são um espetáculo à parte: sobem e descem focados a captar a melhor imagem, o melhor ângulo, o melhor close, a melhor macro. Verdadeiros malabaristas é que eles são! Cada um com seu olhar...



(na foto, da esquerda para a direita: Paulo, Michel, Namorada, Tácio, eu e Renato


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