Traz dentro de si a morte.
Desde o momento em que nasce,
explode em cores e movimentos breves,
e vai roubando-se a sí, e aos poucos,
os sorrisos e os amores.
No lugar do sol, dia a dia, a escuridão.
Cores e flores, uma a uma, despedaça e vinga.
No lugar da lua, noite a
noite, a solidão.
Por todos os séculos segue
deixando cansaços, dores, tristezas.
Tudo ao contrário do que ela pregou.
A vida é engraçada.
Deixa mágoas, fere.
Deixa nascer a beleza,
e vai substituindo por destruição.
No lugar da luz roubada de si, a vida
sem dó nem piedade, semeia sujidade
abandona-se à própria sorte.
Quando nada mais há para
roubar,
Soçobra em lágrimas e segue
a critério da morte.
A vida é engraçada.
Dentro dela o seu contrário,
assim que vive, morre.
(Ada 15/8/2012)
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