Estou procurando uma pátria
perdida em tantos cantos!
Uma pátria desfigurada,
subtraída a cores,
abstrata.
Uma pátria desfigurada,
subtraída a cores,
abstrata.
Dela
dilapidaram
os galardões
que lhe conferiam
sobrevivência:
seus patrimônios,
suas riquezas,
e por fim,
o povo.
Entoam
gritos
frenéticos
e zombam
de ti
Tiradentes!
Gritam
mas escarnecem
tua pureza
Frei Caneca
nas balas
de um pelotão.
Há uma pátria
perdida
que necessita
ser
reencontrada.
A pátria
dos pequenos
inocentes
nas praças,
que não sabem
nem lamentam,
apenas brincam.
A pátria
dos pratos
de comida
partilhada,
da solidariedade.
Pátria
da terra
distribuída,
de todos.
Pátria
das riquezas
incomensuráveis
guardadas
nos mares
no subsolo.
Pátria
dos destinos
traçados
na teia
da democracia.
Esta pátria
está desaparecida!
Procura-se uma pátria,
verdadeiramente amada
Quem a achar
traga-a
à Paulista
à Sé.
Proclamem-na, novamente:
em novos brados
novos heróis.
Está é a pátria
a ser encontrada.
João Paulo Naves Fernandes
03/08/2019
Um comentário:
Gratidão, amiga.
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