Os galos cantarão
Jorge
Medauar
Contudo
lutaremos.
Ergueremos
muralhas
Nossas
muralhas de crianças
De
futuro, de amanhã
Esperança
e tempo.
Contra
a primavera
Tanques,
aviões
Serão
inúteis: andorinhas
Voarão
sobre quartéis
Para
todo o sempre
Flores,
rios
Estrelas
e peixes
Não
obstante
Leis.
E
os galos cantarão
No
cume dos outeiros
Porque
seremos implacável musgo
Líquen
em ferrugem
Sobre
armas e restos de colunas
Sobre impérios mortos.
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