8 de out. de 2009

Te recuerdo Amanda: Mercedes Sosa ao meu modo

Mercedes Sosa morre aos 74 anos em Buenos Aires em 4/10/2009.
Esta canção é a minha preferida. Cantava para minha filha adormecer e me emocionava com a história. Podia imaginar Amanda correndo ao encontro de seu amor, e mais que isso, naquela época tinha uma visão romântica da luta pelo socialismo. Os operários da fábrica, que produzem toda a riqueza e mais valia, eram os mais admirados e cobiçados para difundir as ideias da revolução. Bons tempos de minha tenra idade e juventude, distribuindo jornal comunista "Classe Operária" nas portas de fábrica, clandestinamente, cheia de ideais, dedicação integral às lutas do povo e da revolução. Sonhava - e sonho - com o fim da injusta exploração capitalista. Os tempos mudaram e as formas de luta mudaram, mas ainda me emociono ouvindo Mercedes Sosa cantando "Te recuerdo Amanda". Ela deixou marcas em minha vida, assim como na vida do mundo todo, cada qual sob um aspecto. Li dezenas de homenagens sentidas a ela, nesse dia de sua morte... lindos depoimentos pessoais e sinceros, dariam um belíssimo livro com tantas histórias de cada um de nós que na verdade é a própria história dela, a história da luta pelo socialismo com que continuo sonhando.

Te Recuerdo Amanda (Mercedes Sosa)

Te recuerdo Amanda
la calle mojada
corriendo a la fábrica
donde trabajaba Manuel.
La sonrisa ancha
la lluvia en el pelo
no importaba nada
ibas a encontrarte con él
con él, con él, con él
son cinco minutos
la vida es eterna
en cinco minutos
suena la sirena
de vuelta al trabajo
y tú caminando
lo iluminas todo
los cinco minutos
te hacen florecer.
Te recuerdo Amanda
la calle mojada
corriendo a la fábrica
donde trabajaba Manuel.
La sonrisa ancha
la lluvia en el pelo
no importaba nada
ibas a encontrarte con él
con él, con él, con él
que partió a la sierra
que nunca hizo daño
que partió a la sierra
y en cinco minutos
quedó destrozado
suena la sirena
de vuelta al trabajo
muchos no volvieron
tampoco Manuel.

Um comentário:

Elenara Stein Leitão disse...

Também tenho tantas recordações de Mercedes, anos negros na história da América Latina, uma voz que surge e grita. Terna e forte. E hoje, lendo o que seu filho disse : ela sempre fez o que quis, mais sinto o quanto ela era necessária. Que viva dentro de cada um que tanto sentiu com ela.
Beijos
Tenho vindo sempre, me falta é um tempo interno para escrever...