Houve um tempo,
tocar a ponta do dedo
nas teclas do piano
e abstrair
canções inventadas,
história sem rima.
Tocar as teclas a esmo,
a ermo inflar nuvens.
O piano mágico
engolia solidão
editava sons
falava de chuva
Pingos,
tilintos, tilim, tim.
Sons que dizem além
do que se pode ouvir
consolam a existência
de dias molhados e vazios.
É viajar num amor
que vai nascer.
Vai. Se foi...
Ouvir piano, pensar na chuva.
Ouvir a chuva, dedilhar piano,
as canções que quereria ouvir...
(Ada, 22/8/10)
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