20 de dez. de 2011

Comer rabanada é tradição portuguesa

Começo com a receita de rabanada. Originalmente ela é frita, mas é possível faze-la mais light. Recebi a dica por email e compartilho essa simplicidade de receita.

Rabanada assada



Ingredientes:


3 pães franceses amanhecidos (tem que ser)
2 xícaras (chá) de leite
1 lata de leite condensado
essencia de baunilha 1 colherinha
3 ovos
1/2 xícara (chá) de açúcar
2 colheres (sopa) de canela em pó
1 colher de sopa de manteiga sem sal



Modo de preparo:
Unte o fundo de uma assadeira e reserve.
Corte os pãezinhos em rodelas de mais ou menos 2 centímetros.
Na assadeira, arrume os pãezinhos um ao lado do outro.
Bata no liquidificador o leite condensado, o leite e os ovos a baunilha e coloque devagar essa mistura em cima dos pãezinhos. Aguarde 5 a 10 minutos para umedecer bem o pão.
Asse até o creme ficar firme e dourado.
Polvilhe a rabanada ainda quente com açúcar e canela.



Como disse, para quem não gosta de frituras, e se arrepia com elas, essa opção é uma solução. Andei pensando nessa tal de rabanada, uma receita pobre, é fato? É de origem portuguesa.

As rabanadas são pequenas delícias muito apreciadas na época do natal, apesar de que eu nunca as fiz nessa época. É uma sobremesa muito simples de fazer. São feitas de pão amanhecido e podem ser servidas polvilhadas com açúcar e canela ou regadas com calda de mel.


Em Portugal é tradicional no dia da Consoada. É uma data muito comemorada pelas famílias portuguesas. Comemora-se no dia 24 de dezembro, na véspera do natal.


No início a Consoada consistia de uma refeição leve à base de peixe. Hoje consiste em uma mesa farta, com presença de bacalhau. A ceia termina com vários tipos de doces como aletria, rabanada (norte do país), arroz doce (sul do país) entre outros.


A Consoada é celebrada sobretudo em Portugal, no dia 24 de Dezembro de cada ano, o dia de véspera de Natal. Esta tradição leva as famílias a reunirem-se à volta da mesa de jantar, comendo uma refeição reforçada. Por ser uma festa de família, muitas pessoas percorrem longas distâncias para se juntarem aos seus familiares.


Na tradição católica os fiéis participavam, ao final da noite, na Missa do Galo.


Origem do Nome


Os hábitos religiosos evoluíram desde os primeiros séculos até a atualidade. Nos primeiros séculos as vigílias que celebravam o nascimento de Jesus eram dias de jejum. Os fiéis reuniam-se nas igrejas, rezando e cantando toda a noite. O jejum significava desprendimento e contemplação do fenomeno religioso. Com o passar dos séculos o jejum foi sendo abolido e substituído pela refeição a que o povo foi continuando a chamar “Consoada”.


O termo propriamente dito de “Consoada” só surgiu no século 17. Nessa altura, a Consoada consistia numa refeição ligeira de peixe. A Consoada só se generalizou quando as pessoas mais abastadas passaram a comer uma refeição após terem assistido à Missa da Vigília do Natal. Para os mais pobres, sobretudo para as pessoas que viviam nos campos, a noite da véspera de Natal era uma noite igual às outras, e muitas vezes era passada com frio e fome.


A Consoada atual, celebrada no dia 24 de Dezembro, é assinalada na grande maioria das casas portuguesas com o tradicional bacalhau cozido, seguido dos doces.


Segundo a tradição, a mesa da Consoada não deve ser levantada, e a louça usada não deve ser lavada. Manda também a tradição que os restos de comida fiquem na mesa a noite toda. Isto porque, segundo a tradição, é por respeito para com os mortos da família ou é para que o Menino – Jesus venha comer.


A refeição da Consoada consiste, sobretudo, no bacalhau cozido, e termina com os doces, que são diferentes de região para região do país. Algumas destas sobremesas são a aletria, as rabanadas (no Norte do País), as filhoses, as filhó, o arroz doce (no Sul do País), os sonhos, coscorões, as broas castelar ou as azevias, para além do tradicional Bolo-Rei.


A Consoada e os Presentes de Natal


Em Portugal, depois da Consoada, é tradição fazer a distribuição dos presentes de Natal.


No início do século 12 d.C., os presentes eram distribuídos em nome de S. Nicolau, a 6 de Dezembro. Contudo, a contra–reforma católica do concílio de Trento (1545 – 1563) passou essa função ao Menino Jesus, sendo a distribuição feita no dia 25 de Dezembro, assinalando a data do nascimento de Jesus.


Caetano, Eduardo. "Noite de Consoada de Natal".

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