Essa é uma árvore de pipas.
Pipas que morreram presas nos galhos secos. Há muitas árvores assim no
cemitério de Vila Alpina, coniventes com o mês de agosto em que as pipas ainda reinam
no anil.
O tempo seco, sem chuvas, e suas ventanias ressecadas e frias carregaram todas as folhas mortas e plantaram as
pipas de seda no lugar.
Nesse dia estive no velório da
mãe da Elô. Foi um dia lindo de azul inigual, mas muito tristonho. Úmido mesmo,
apenas os olhos dos que ali velavam os seus.
Por ali vela-se a morte. E entre
os choros de dor pela perda do ente amado, podia-se ouvir os gritos alegres das
crianças empinando suas coloridas pipas no jardim do cemitério.
Tanto uns, como
outros, lidávamos com a morte.
E todas as almas pareciam
perambular por entre as árvores... (Ada 8/1/13)
4 comentários:
A vida é assim. Não escolhe cenário para as nossas emoções. Nós nos identificamos ou não com ele.
A alegria e a tristeza caminham lado a lado.
Adorei teu blog!
Gratidão
Beijinhos
Oi Zizi! Eu é que sou-lhe grata pelo comentário e pela visita. Apareça sempre!
Olá Ada, tudo bem?
Eu encontrei o seu post sobre a "árvore de Pipas" e gostei do seu texto falando sobre o local da foto e o contraste da alegria dos meninos com suas Pipas
Tenho um blog de Pipas e tomei a liberdade de publicar o seu texto no meu blog com os devidos créditos, se você preferir eu retiro de lá tá?
http://saopaulopipas.wordpress.com/2013/01/14/arvore-de-pipas-um-olhar-sobre-a-vida-e-a-morte/
Obrigado, Caio
Gostei de ver publicada minha cronica no sei site. Pipas merecem mesmo um lugar especial. Há uma outra cronica sobre pipas no blog, acho que vais gostar. Abraços, Ada
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