Foto Renato Silvestre, Paranapiacaba (2004) |
Bem, eu te perdi
Bem, te perdi; e te perdi
justamente;
Da minha própria maneira, e com meu pleno consentir.
Diga o que quiseres, reis condenados raramente
Foram para suas mortes mais orgulhosos do que este esteve a ir.
Algumas noites de apreensão e quente chorar
Confessarei, mas isso é permitido a mim;
O dia secou os meus olhos, não fui feita para ser aprisionada
Enfurnada em uma gaiola, uma asa que seria livre.
Se te amado menos tivesse, ou enganado-te furtivamente
Por um verão a mais poderia ter te prendido,
Mas ao custo de palavras que me são muitos queridas,
E nenhum verão tal como o antes vivido.
Se eu sobreviver a esta angústia – e os homens sobrevivem-
Terei apenas o bem para falar de você.
Diga o que quiseres, reis condenados raramente
Foram para suas mortes mais orgulhosos do que este esteve a ir.
Algumas noites de apreensão e quente chorar
Confessarei, mas isso é permitido a mim;
O dia secou os meus olhos, não fui feita para ser aprisionada
Enfurnada em uma gaiola, uma asa que seria livre.
Se te amado menos tivesse, ou enganado-te furtivamente
Por um verão a mais poderia ter te prendido,
Mas ao custo de palavras que me são muitos queridas,
E nenhum verão tal como o antes vivido.
Se eu sobreviver a esta angústia – e os homens sobrevivem-
Terei apenas o bem para falar de você.
Edna
St. Vincent Millay
(22.02.1892
– 19.10.1950) foi uma poetisa lírica e dramaturga americana, vencedora do
Prémio Pulitzer na categoria Poesia.
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