Grampola * 19/4/97 * 20/6/15 * |
Minha vida permeada de perdas e partidas sempre me colocam na mais frágil das situações. Faz-me refletir sobre as perdas de diversas formas, não só dos que se foram desta vida, também dos que se foram de minha vida e deixaram saudades, dores, mágoas, lembranças boas. E assim vou acumulando todas elas, todas incapazes de me ensinar a endurecer...
Grampola, você é mais que uma estrelinha agora no céu. Você foi, desde sempre, uma constelação. Dois olhos brilhantes e azuis que cintilavam intensamente quando nos meus miravam. Você me falava com os olhos... Até o fim, nos seus suspiros de morte, você me fitava como se quisesse me dizer algo. E sempre me questiono, será que te compreendi?
Afinal, 18 anos são uma vida longa para você, cheia de sabedorias, geniosa, alpha, miúda e guerreira. Batia no cachorro e nos gatos e todos a respeitavam. Lambia carinhosamente também, maternal. Meu colo era seu, só seu, porque decidiu isso e ninguém questionava ponto final. O vazio que ficou desse momento quase sagrado entre nós, um ritual diário, estipulado por você é justamente a lembrança viva de sua presença.
Ai, meu amor, como dói a sua ausência. O que mais desejei foi evitar seu sofrimento, no entanto quem mais está sofrendo sou eu. Descansa meu benzinho. Te amarei prá sempre.
(Grampola * 19/4/97 * 20/6/15 *)
Um comentário:
Sinto pela perda do gatinho. eles são especiais.
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