São sons do ir. O avião ronca invisível lá no alto e segue rumo ao norte, quem sabe ao sul, não importa, ele parte. Um som longo, até que encontre a barreira de uma nuvem e então, silencia. Cá fiquei e posso ouvir. Outro motor ronca na estrada ecoando finitamente até que se perca n´alguma curva. E na rua, logo ali ao lado, partem mais sons do ir, em outros roncos mecânicos que em ondas se vão. Todos eles se revezam partindo, enquanto fico a ouvir. São sons que me entristecem, mais que os pingos de chuva solidários [que batucam meu coração no telhado]. São sons que partem meu coração. Não porque partem, mas porque partem sem mim... (Ada 7/1/10)
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