2 de out. de 2010

Carta de Jenny Scavinsky: falta escrever um livro

Oi Eliana, pois é ontem e há quarenta anos, o homem foi à lua, e naquela ocasião eu estava ao lado do meu velho e não sabia que era feliz... E também estava com minha saudosa mamãe lá em Ribeirão Preto.

Eliana eu estou com trombose na perna direita, estou impedida de dançar, caminhar e ficar muito tempo em pé, e também não devo ficar sentada.  Não sei até quando...

E você como vai? Os bichinhos vão bem? Os filhos? Meu papagaio está trocando de penas, as novas mais coloridas, falando um bocado de coisas, e muito brincalhão.

Minha cachorrinha cada vez mais sem-vergonha, fazendo xixi dentro de casa. Também latindo para todo mundo que passa por nossa rua é um Deus nos acuda, o latido do Pinscher é estridente e muito alto, principalmente o dela, por causa do tamanho, se não me engano é o número três, ela é  igualzinha a um Dobermann, tem até as orelhas em pé.

E também é muito lambona, gosta de "limpar" a gente. Disse Dra. Regia que tem um igualzinho a ela, que era devido a esta raça eles tem a mania de morder o calcanhar e rasgar espuma de almofadas etc.

Eliana, vou fazer um curso de computação para idosos pois Beto não tem tempo, eu já estou fazendo algumas tarefas, como gravar CDs e mais algumas coisitas...

Sabe vou começar a usar o Word, quero passar minhas memórias e fatos ocorridos com bichos, animais, insetos etc., tenho uma parenta distante lá na Lituânia que já publicou três romances. Está no sangue, dizem que para cumprir nosso dever aqui na terra, teríamos que fazer um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Duas delas já fiz, resta escrever um livro.

Ando com o cérebro a mil, penso em mil coisas ao mesmo tempo, é simplesmente horrivel estou sempre à frente de tudo e de todos, espero que você me entenda.  Falo demais, fico até envergonhada, então isso talvez me ajude a inventar uma estória ou romance...

Eliana, confundo o seu nome com o nome da namorada do Beto, ela se chama Eliane... o interessante é que eu sofro de uma afazia nominal, e quem me disse foi meu sogro assim que eu contei a ele que eu não me recordava do nome da pessoa que antes fôra apresentada e, também, o rosto se apagava...

Bem já falei muito, espero  voltar e dizer mais coisas.

Beijos, Jenny. 
(21/7/2010)

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