"minha interpretação de Lênin" by Michelli Rochetti |
Oi Felipe Cezar, boa tarde, já dei café ao meu papagaio que se chama Lolito, meu filho chama-o de Louro Velho e ele atende. Temos uma cachorrinha Pincher, terrível, late até para uma folha que cai, ela pertence à turma do alarme, quando chega alguém em minha casa costuma morder no calcanhar, mas com as pessoas que ela simpatiza é muito carinhosa. Nasceu com um defeito nas costelas, os ossinhos são muito juntos o que causa uma dor lancinante, quem descobriu foi o veterinário onde levamos a Neguinha (outra cachorra) para limpar o tártaro dos dentes que já estava em estado adiantado. Então eu falei ao veterinário dos gritos que ela dava em certas ocasiões, e ela chegava a ficar torta. Foi preciso usar medicamento, mas agora está muito bem.
Felipe Cezar, Ave Cezar! Você sabe a história dos Cézares? Magníficas, não?
Agora,vou para o segundo capitulo da odisséia da família Schawinsky. Esse é o modo como é escrito em lituânio e polonês. Tenho uma sobrinha que o pai nasceu em Praga, é Tcheco, e a minha sobrinha chama-se Ruth Kara Scavinsky Zaremba. Ela é professora de artesanato e funcionária da Prefeitura de Rio Claro. Costuma nos fins de semana dar aulas em Águas de São Pedro e outras localidades. Viaja muito para a Europa, esse ano que passou ela foi para a Tchecoslováquia e ano retrasado ela foi para Lituânia e Polônia. Sim, ela vive na internet! Vou pedir licença a ela para lhe dar o email dela, ai vocês trocam "figurinhas" mantém correspondência com muita gente na Europa, inclusive Rússia, onde eu tenho duas primas que lá vivem.
Uma é romancista a outra é ciclista, pratica esse esporte pela Europa, eu penso que essa mania que tenho em escrever é herança desta minha prima européia, disse a Ruth que elas foram viver na Rússia, pois a Lituânia está muito pobre, não dá para ter uma vida decente. Bem feito! Porque acabaram com o socialismo? Quem muito quer nada tem. A única coisa boa que restou foi a volta das terras para minha família, mas o que me adianta? Estou aqui nesse fim do mundo, e nada quero com eles lá. Deus me livre daquele inverno. Às vezes com 30 ou mais graus abaixo de zero. Lembro das histórias que meu pai contava, o horror das geleiras se condensando nas janelas, o duro era ter que passar por um corredor coberto, para chegar até o estábulo, onde com lenha queimando o tempo todo, quando faltava lenha usava-se carvão mineral, este tirado nas profundas minas no interior da terra.
Pois é, e nesse estábulo ficava uma vaca leiteira, holandesa, seu bezerro, algumas ovelhas, cabras de qualidade que davam peles para abrigo, alguns cilos aonde se guardavam sementes para o próximo plantio, era cevada, linho, milho e outras. Nesse estábulo também guardavam carnes de muitas qualidades, aves também, penso que viver naquele tempo era muito duro para um ser humano. Graças à vinda deles para cá (Brasil) foi demais de bom.
Segunda-feira que vem continuo o meu relato sobre muitas coisas que você nem imagina existir.
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