(Foto Luiz Carlos Vaz - Pelotas RS) |
Sem luz alguma, apenas com a bruxuleante da vela, me deitei no sofá da sala abrigada pelo cobertor de junhos frios e fiquei medrosa observando o tempestade que açoitava a janela ferozmente. Adormeci. Adormeceram os bichinhos. Onze da noite, a vela se acabou, sem energia, fui cambaleante, tropeçando a escuridão que não se desviava de meu caminho, me entoquei na cama feito uma ursa velha.
Saí muito cedo hoje, prevendo o caos pela cidade. Pelas ruas nunca se viu tantos guarda-chuvas destroçados, virados do avesso, esmigalhados pelas calçadas. Um festival de xadrezes e listrados coloridos, soldados que perderam a guerra com suas espadas metálicas retorcidas, jazem nas sargetas.
Bem que diz o ditado: "depois da tempestade vem a bonanza", porque o céu azulíssimo, recém pintado de anil, sua tinta fresca faxinou a bagunça que a tempestade fez. O sol exuberou sua luz e invadiu claridade nas ruas geladas. Bom dia! Que lindo dia! A natureza está pedindo desculpas! Danem-se os faróis apagados, as árvores caídas, e as notícias que virão no decorrer do dia anunciando a catástrofe. Será uma feliz quarta-feira. (Ada 12/6/2011).
Minha imagem veio daqui: http://velhaguardacarloskluwe.blogspot.com/2011/05/os-guarda-chuvas-do-amor.html
Um comentário:
Oi Ada, obrigado por divulgar nosso Blog através dessa foto. Ela foi, na verdade, o vetor para iniciar a série Os guarda-chuvas do amor. Gostei muito dela. Vou publicar tua crônica no Blog. Um abraço, Vaz
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