20 de abr. de 2020

Medo que o céu caia



O céu já caía desde o princípio
Quando o homem nem o seria
Mas agora dourado pela fuligem
Dos tempos
Em que o homem dominou o fogo
Desde lá
Nada mais há que ele não se apodere
Até da estrela mais longínqua
Que brilha através de seus olhos e
Que sequer nasceu ainda...
Ada

3 comentários:

Amplexos do Jeosafá disse...

Céu de fuligem, mas dourado... A cor do céu desse poema compensa a queda.

Coisas de Ada disse...

Verdade. O por do sol em Sampa, enferrujado, sujo, mas é sempre lindo para os poetas!

Cláudio Santos disse...

Belo poema (palmas)!!!