Léo no seu primeiro dia de vida |
Assim passaram-se os dias e os meses, entre coleções de fotos que registravam todos os momentos engraçados e importantes daquela vidinha peluda. Era amor de fato. Um amor do tipo daqueles que dói quando bate a saudade, no meio do dia, quando os afazeres ocupam o tempo e o espaço. Dez meses! Um mocinho! Léo! Levado, saudável, comilão. A alegria do universo. Uma obra de arte. Artista? A mãe natureza. O preferido da dona, o que ficou da ninhada para fazer parte da familia.
Olhos azuis e penetrantes. É sim! Quando olhava, olhava no fundo dos nossos olhos. Os olhos dizem muitas coisas quando a linguagem não é a mesma. Na hora da quase morte, ele olhava desse jeito. Dizia que não estava entendendo a dor, as tonturas e a sonolência fora de hora. É nessa hora que a gente entende o que é um amor que chega a doer. “Prefiriria eu estar doente do que vê-lo sofrer”, ela dizia. A humana dona derramou tanta lágrima que um bom argumento da gente para confortá-la era dizer “ele está percebendo sua tristeza, controle-se para não assustá-lo” e não era mentira! De fato ele percebia a confusão no meio de sua fraqueza. Sua dona humana também não estava normal, como todo dia acontecia.
O gatinho Léo, era um Sagrado da Birmânia |
Mas a vida que não tem começo e nem fim, prega peças. A mãe dele apareceu com uma barriga suspeita. Pelo tamanho e movimento, aposta-se em pelo menos dois filhotes. Seus filhotes. Um deles vai ser Téo, em sua homenagem. Agora a sua vida prolonga-se na barriga de sua própria mãe e as pessoas, pasmas, rezam para serem saudáveis.
Sagrados são bonachões |
5 comentários:
Oi Ada!!...q emocionante este texto sobre o Léo!!...a fotinha dele bebezinho...uma graça!
Ah, descobri q tu tb adora ort~encias né?...eu amo...ñ tenho emcasa...só no trabalho!
bjs!!
ADA,
Li seu texto chorando, vc escreveu tão lindamente, que parecia estar vendo tudo que acontecia, parecia estar vendo aqueles olhinhos lindos do nosso menino...
Queria tanto tê-lo conhecido pessoalmente...ter sentido a maciez de seu pêlo e ter ouvido o seu ronronar...
Gosto muito de vcs...beijo carinhoso
Ada,
Amei seu blog, é lindo li tudo...comecei pelo Leozinho,fui pro meio, fui pro último texto e fui lendo cada um...gostei muito do que vc fala da sua adolescência, do período negro que nosso país viveu...
Li cada palavra, com prazer vendo as fotos e imaginando a cena.
vc escreve muito bem, nos faz viajar em suas palavras...não dá pra parar de ler...dá vontade de ler mais...
Gostei demais!!!Parabéns!!
Beijo
Mãe... Estou vendo hoje o que escreveu do meu Léo... Estou em prantos!!!!
Parece que essa dor nunca vai passar!!!! Nunca!!!! Léo sempre será único, e como sinto a falata da companhia dele!!!! Dói demais!!!!!
Beijo!!!! aos prantos....
oi ada !
vc não imagina minha tristeza ao relembrar essa fase de tanto sofrimento...acompanhei td e hj , agora, ainda me emociono e choro pois o léo era td de bom que existe , jamais o esquecerei.
só quem ama tanto esses seres iluminados poderá compreender...
bjussssssss.
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