Apartheid é uma palavra africana que significa separação.
Esse nome define uma forma particular de ideologia racial-social que vigorou na
África do Sul durante o século 20.
Absurdamente, o apartheid foi um regime racial
segregacionista - a partir de 1948 - e também de discriminação político-econômica que separava
negros, "de cor", indianos e brancos sul-africanos.
Houve muita luta e o governo, formado apenas por brancos, combateu o povo que resistiu com muita
opressão. Mesmo com a intolerância e imposição de mais leis, as manifestações
populares ganharam força, incluindo os protestos em várias áreas e os boicotes
nos ônibus.
Algumas leis vigentes durante o período:
- Proibição do casamento entre brancos e negros. Os
policiais eram autorizados a invadir casas durante a madrugada para verificar
se a lei estava sendo respeitada.
- Proibição de adultério ou relações imorais entre brancos e
negros.
- Criação de um registro nacional para definir o tipo de
raça da população e determinar o que cada pessoa poderia fazer em detrimento da
raça, seja limitar o acesso às escolas, universidades, hospitais, áreas para
morar.
- Os negros precisavam sempre apresentar um documento de
identificação nas ruas, esse “passaporte” incluía uma foto, detalhes de origem,
emprego, pagamento de taxas e situação na polícia. Era proibida a circulação de
negros nas ruas após as 18h.
- Nenhum negro morador das áreas rurais poderia mudar para a
área urbana sem permissão das autoridades locais, inclusive a liberação para
trabalhar deveria ser feita com 72 horas.
- Os fazendeiros fizeram com que a venda ou aluguel de terra
para negros fosse proibida, com exceção das áreas de reserva. Isso limitou a
ocupação dos negros em 80% da África do Sul.
- Segregação em todos os lugares públicos, inclusive prédios
públicos e transporte para diminuir o contato entre brancos e outras raças. As
placas indicavam “Apenas Europeus” e “Não-Europeus”, as facilidades
proporcionadas pelo governo não era igualitárias.
Cruel
Ingrid Jonker sofreu muito por ter um pai que era efetivamente participante e apoiador desse regime. Ela não tinha o afeto dele, e por criticá-lo e fazer poemas em defesa do povo sul africano, ele a abominava. Durante a noite de 19 de julho de 1965, Jonker foi à praia de Bay Anchor na Cidade do Cabo e cometeu suicídio por afogamento. Ao saber da morte, Jonker, seu pai, teria dito: "Eles podem jogá-la de volta ao mar, eu não me importo.".
O célebre poema que ela escreveu "A criança que foi morta a tiros por soldados em Nyanga",
e que Mandela declamou em sua posse quando eleito presidente da Africa do Sul, é emocionante.
***
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário