2 de abr. de 2023

Para ver nem sempre precisa de olhos


Queixando-se na esquina da montanha que envolve o mar

Espremido pelo peso da nuvem negra de chuva

O olhar tenta descobrir o que vem depois.


Há coisas que não precisam de olhos.

São lembranças...

Há um aprendizado humano que te faz olhar o que vem depois,

sem ver.


O que vem depois é risada nova em alegria antiga.

Ou lágrima quente de um choro chorado mil vezes.

Rir e chorar são espasmos da juventude

São alegrias e tristezas passadas



O olhar apenas lembra o que vem depois da curva daquela montanha.

Depois da enseada, depois da chuva, depois do adeus.

Ou então, esquece...

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